Em declarações ao VM, o provedor conta que a decisão camarária foi tomada em março e representa “um enorme benefício para a comunidade em geral”. A preservação deste imóvel, classificado como de interesse municipal, “protege um património que conta a história da nossa vila e que foi entregue à responsabilidade da Santa Casa há alguns anos já em estado avançado de degradação”.
Para Aurelino Ramalho, este acordo representa um destino com dignidade para este edifício que foi doado à Misericórdia já degradado e cuja recuperação, pelos montantes envolvidos, jamais seria possível de realizar pela instituição. “Mais importante que os valores de aquisição pela autarquia é a preservação deste palácio que é de todos”, disse, destacando que a sua recuperação poderá custar “alguns milhões”.
Para a presidente da Câmara Municipal, Sílvia Pinto, o imóvel faz parte da história da freguesia do Vimieiro e, por isso, a autarquia pretende “recuperá-lo e valorizá-lo em termos culturais”. Em declarações à Lusa, a autarca afirmou que a aquisição é “fundamental para a preservação deste património” e a sua posterior reabilitação e requalificação vai garantir a “proteção e salvaguarda de um património material irrepetível e de elevado valor histórico”.
Construído por Sancho de Faro e Sousa, governador da praça de Estremoz e conde do Vimieiro, onde nasceu e viveu durante largos anos, o palácio está classificado como imóvel de interesse municipal e conserva ainda vestígios arquitetónicos do paço quinhentista.
Voz das Misericórdias, Bethania Pagin