Ana Sofia Costa, que compete agora com Maria Vieira, fez o pleno na competição ao vencer as duas provas em que participou: BC3 individual e BC3 pares, em equipa com Armando Costa, atleta da APPDA do Porto. Na final coletiva, a dupla portuguesa venceu a equipa italiana por uns expressivos 6-0. Já em individual, Ana Sofia Costa ganhou o derradeiro jogo frente a Marcela Cermakova, da República Checa, por 7-2. Com estes resultados, a atleta portuguesa manteve o terceiro lugar no ranking mundial na categoria BC3.
Depois da participação no Challenger de Zagreb, Ana Sofia Costa partiu para estágio da seleção nacional, cumprindo mais uma etapa da sua preparação para os Jogos Paralímpicos. Por isso, foi David Henriques, treinador, a comentar os resultados obtidos na Croácia. “Um ouro é sempre muito saboroso, mas este é especial pelo fantástico trabalho feito pela dupla Ana Sofia e Maria Vieira em tão pouco tempo”, assinala o técnico, frisando que a primeira medalha, na prova individual, foi conseguida “101 dias depois” do início da parceria entre as duas.
Além das medalhas e dos pontos amealhados para o ranking mundial, David Henriques realça a importância da prova para “trabalhar a dinâmica” entre a atleta e Maria Vieira, formada em desporto adaptado e árbitra de boccia que, em janeiro deste ano, se iniciou como companheira de Ana Sofia Costa. Esse trabalho será aprofundado nos próximos meses, com um calendário de provas “muito mexido”.
A próxima competição internacional na qual a dupla marcará presença será a Taça Mundial de Boccia, a realizar de 28 de abril e 6 de maio, em Montreal, no Canadá. Segue-se, ainda em maio, o campeonato nacional e, em julho, a prova da Taça do Mundo, a ter lugar em Espinho. Pelo meio, participação em estágios da seleção nacional.
O objetivo é chegar aos Paralímpicos, a decorrer de 28 de agosto a 8 de setembro, na “melhor forma possível”. “Quando se é terceira no ranking mundial é natural que se espere uma medalha. Seria fantástico. Mas o primeiro objetivo é passar a fase de grupos e chegar aos quartos-de-final. A partir daí, tudo pode acontecer.”
Voz das Misericórdias, Maria Anabela Silva