Um grupo de trabalho da Santa Casa da Misericórdia de Alvaiázere publicou recentemente um estudo na Revista Portuguesa de Hipertensão e Risco Cardiovascular. O objetivo deste estudo, aprovado pela Comissão de Ética do Centro Académico de Medicina de Lisboa, foi estabelecer uma associação entre a presença de hipertensão e a presença de síndrome de fragilidade em idosos institucionalizados.

O estudo foi publicado na edição de maio/junho da revista da Sociedade Portuguesa de Hipertensão. Com o tema “Síndrome de fragilidade em idosos institucionalizados: será a hipertensão um fator protetor?”, o artigo contou com a a colaboração de uma equipa composta por quatro pessoas: Ana Faria (nutrição), Beatriz Furtado (enfermagem), Maria Armanda Marques (nutrição) e Vítor Costa (medicina do trabalho e medicina geral e familiar).

Segundo comunicado enviado ao VM, a amostra do estudo foi constituída por 147 idosos, maioritariamente do género feminino (63,2%), com idades compreendidas entre os 63 e os 103 anos (média 82,6), institucionalizados em duas instituições do distrito de Leiria. A presença de síndrome de fragilidade foi avaliada utilizando o Fenótipo de Fragilidade de Fried, com base na recolha de dados demográficos e história clínica. O estudo permitiu identificar hipertensão em 59,6% dos indivíduos. Foram diagnosticados como frágeis 41,5% e 42,5% tinham, em simultâneo, fragilidade e hipertensão.

“Neste estudo, os idosos institucionalizados apresentaram uma elevada prevalência de hipertensão arterial e fragilidade. A possível influência da síndrome de fragilidade no risco-benefício do tratamento da hipertensão, para além da sua elevada prevalência em idosos institucionalizados, enfatiza a importância de avaliar a presença desta condição em indivíduos hipertensos”, conclui a nota enviada.

O artigo completo pode ser lido em https://www.sphta.org.pt/files/sphta_83_2021_0506.pdf