Defendendo uma estratégia concertada entre governo, comunidade científica e sociedade civil, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, convidou a UMP, representada pelo médico Manuel Caldas de Almeida, a “embarcar nesta viagem e a trabalhar no novo desafio”.
O vogal do Secretariado Nacional da UMP era um dos 80 especialistas presentes na Fundação Champalimaud, em Lisboa, para discutir progressos na intervenção terapêutica e investigação sobre doenças neuro-degenerativas, como o Alzheimer, Huntington e Parkinson.
Mais do que científico, este é um “problema social e político” que, segundo o ministro da Saúde, obriga a uma “colaboração intersectorial”, entre as pastas da saúde e segurança social, onde cidadãos, famílias e rede de apoio social são envolvidos num sistema de saúde integrado.
Com base nesta necessidade, o governo português vai aprovar brevemente uma estratégia nacional para as demências, elaborado com a colaboração da UMP, que inclui, além da colaboração intersectorial, uma aposta nos cuidados de saúde primários, sinalização e diagnóstico precoce e a promoção de ambientes amigáveis para as pessoas com demência.
A intervenção farmacológica precoce e as terapêuticas não farmacológicas, neuroestimulação e outras, foram também tema de debate durante esta cimeira internacional, que contou com a presença da presidente da Fundação Champalimaud, Leonor Beleza, do comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, e de investigadores como Richard Axel e John O’Keefe, laureados com o Nobel da Medicina, e o neurologista António Damásio.