O presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) aplaudiu a criação das unidades de saúde familiar, de modelo C, com gestão assegurada por entidades do setor social e privado. A medida aprovada em Conselho de Ministros, no dia 5 de setembro, prevê numa primeira fase a criação de 20 centros (dez em Lisboa, cinco em Leiria e cinco no Algarve).

Reagindo ao anúncio feito pelo executivo, Manuel de Lemos considerou “excelente” a medida por responder a uma necessidade evidente, sentida em todo o país, no acesso a cuidados de saúde primários. “Os números apontam para mais de um milhão e 500 mil portugueses sem médico de família e o papel das Misericórdias é responder a este apelo do governo, que no fundo é um apelo das pessoas. O nosso objetivo não é entrar em competição, mas sim cooperar com o Serviço Nacional de Saúde”, referiu a 5 de setembro em declarações à RTP3.

A cooperação neste nível de cuidados não é uma novidade para as Misericórdias, conforme adiantou, dando como exemplo o projeto “Bata Branca”, que neste momento abrange 16 Santas Casas, através de parcerias com as Unidades Locais de Saúde e/ou autarquias, incluindo ainda a Cruz Vermelha Portuguesa. Dados de janeiro e fevereiro de 2024 indicam que foram realizadas 13.313 consultas por 62 médicos de medicina geral e familiar em 12 das 16 Misericórdias que aderiram a esta iniciativa.

Notícia completa na próxima edição do VM.