A Misericórdia de Riba de Ave atingiu a sua capacidade máxima de internamento, no dia 4 de fevereiro, com a disponibilização de 92 quartos a utentes oriundos de hospitais do Serviço Nacional de Saúde, para responder ao contexto de emergência sanitária de combate à pandemia. A Santa Casa está a prestar apoio a doentes Covid e não Covid agudos, desde 2 de dezembro de 2020, utilizando para o efeito as futuras instalações do Centro de Investigação, Diagnóstico, Formação e Acompanhamento das Demências.

Além do esforço que garantiu a abertura de 40 quartos em dezembro, 32 em janeiro e 20 no a 4 de fevereiro, a dinâmica interna da instituição teve de ser ajustada de modo a garantir a distribuição eficaz de medicação, refeições, aprovisionamento clínico e não clínico, lavandaria e recolha de resíduos. Entre as mudanças, inclui-se ainda o recrutamento de profissionais de saúde (médicos, enfermeiros e auxiliares), totalizando já mais de 100 elementos.

Para Isabel Seixas, diretora-clínica adjunta “foi com um enorme esforço que conseguimos reunir equipas, numa ocasião de enorme sobrecarga laboral e que estivessem à altura do desafio que os tempos impõem, o de apoiarmos o Serviço Nacional de Saúde a conseguir dar resposta a uma luta desigual e que deixou os hospitais à beira do colapso”.

Este reforço da capacidade de internamento hospitalar permitiu aliviar a pressão existente nos hospitais da região, tendo, até à data, garantido a assistência a 250 doentes, nomeadamente 177 Covid positivos e 73 não-Covid agudos.  Segundo Isabel Seixas, “os 92 quartos concebidos para o novo Centro de Demências albergam agora 60 doentes Covid-19 e 32 doentes não-Covid agudos provenientes de múltiplos hospitais e centros hospitalares que, deste modo, conseguem um alívio importante de pressão sobre a disponibilidade de camas de enfermaria”.

No comunicado enviado, a Santa Casa destaca ainda o apoio prestado aos doentes e famílias, no decurso do internamento, através do funcionamento do Gabinete de Apoio à Família que garante a comunicação, por videochamada, entre o doente e a família. “Estamos particularmente sensíveis à necessidade de visitas presenciais extraordinárias, em casos selecionados, quando os doentes se encontram nas últimas horas ou dias de vida”.