Segundo o provedor António Sargento, este “projeto inédito” no Hospital de São Paulo visa dar resposta a um “grande défice de resposta em toda a região do Alentejo profundo e Baixo Alentejo, onde se registam grandes listas de espera do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.
A prioridade foi assumida, desde o início do mandato, aquando da tomada de posse em janeiro de 2019, depois de um estudo aprofundado das principais lacunas da região. “Esta era sem dúvida uma grande prioridade por se tratar de uma área geográfica enorme, com grandes índices de mortalidade e problemas cardiovasculares”, revelou ao VM.
O centro recentemente inaugurado disponibiliza à população um leque alargado de consultas e meios complementares de diagnóstico (ecocardiograma, eletrocardiograma, holter, prova de esforço e MAPA), através de acordos com o SNS e diversos subsistemas de saúde.
Humberto Carneiro, que integra o conselho de administração do hospital ao abrigo de um acordo de gestão partilhada entre a UMP a Misericórdia de Serpa, destacou o impacto da abertura deste centro especializado, numa região que, até ao momento, tinha apenas dois médicos especialistas em cardiologia a servir a população, no Hospital de Beja.
No âmbito do acordo celebrado em julho de 2018, está ainda em curso a construção de um bloco operatório, que ficará situado junto à Unidade de Cuidados Continuados Integrados de Nossa Senhora de Guadalupe, num investimento que ronda os 3700 milhões de euros. A nova unidade tem “12 camas para internamento, de apoio às cirurgias, e um bloco operatório moderno”, segundo informações adiantadas por Humberto Carneiro.