Numa carta enviada aos provedores e provedoras, o presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) apelou à resposta, com a maior urgência, das instituições que reúnam condições de integração em posto de trabalho e habitação temporária. “A nossa história já comprovou a força das Misericórdias na ajuda humanitária e em tempos de emergente incerteza social. A mobilização de todos é, acima de tudo, a nossa obrigação”, invocou.
O desafio foi lançado pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, num momento em que a “Europa e o mundo vivem momentos difíceis e de severa complexidade com o aparente início de uma guerra que inevitavelmente pode provocar muitas mortes e também a inevitável deslocação de milhares de pessoas para fora dos seus territórios”. Perante este cenário, a resposta foi imediata, conforme revela Manuel de Lemos: “Tendo bem presente a nossa natureza e missão, respondemos afirmativamente, sem hesitar, ao desafio”.
Na circular enviada a 24 de fevereiro, data em que se dá a invasão russa, é pedido às Santas Casas que indiquem o tipo de apoio que podem prestar, integrando os cidadãos ucranianos em postos de trabalho, nas respostas e serviços das Misericórdias, e disponibilizando alojamento temporário para estas famílias, num primeiro momento, aquando da chegada a Portugal. Pretende-se, segundo Manuel de Lemos, “que estes cidadãos, após a sua integração em postos de trabalho nas Misericórdias, se autonomizem economicamente e em termos de habitação”.
A resposta a este pedido deverá ser registada num formulário online, enviado às Misericórdias no dia 24 de fevereiro (Circular 29/2022).
Voz das Misericórdias, Ana Cargaleiro de Freitas