O envelhecimento foi um dos temas abordados nesta conversa, com Manuel Caldas de Almeida a referir que urge mudarmos a forma como olhamos para o envelhecimento. “Ou nós mudamos a maneira como cuidamos das pessoas mais velhas, ou não vai ser agradável ser velho em Portugal, já neste momento não o é, mas o futuro pode ser pior ainda”, disse.
Para o responsável da UMP, que também é provedor da Misericórdia de Mora, não basta pensarmos nas estruturas e em quem cuida dos mais velhos, é preciso pensar em estratégias para o futuro. “A estratégia em relação aos idosos tem de ter a grande base do apoio domiciliário, cada vez mais as pessoas ficam em casa, e as novas tecnologias permitem que as pessoas fiquem em casa e em segurança, com monitorização”. A título de exemplo, o responsável disse que estão neste momento a ser testados produtos que vão permitir às Misericórdias saber se os utentes que acompanham em apoio domiciliário caíram, se tomaram a medicação, entre outros.
Contudo, referiu o vice-presidente da UMP, “não quer dizer que vamos deixar de ter lares, vamos é ter lares muito especializados para aquelas pessoas que não podem estar em casa, e quem não pode estar em casa são grandes dependentes, demências”.
Relembre-se que propósito da questão do envelhecimento, a UMP tornou público, no início do mês de maio, o seu estudo “Envelhecimento: respostas seniores do futuro - um modelo de respostas especializadas integradas”, que apresenta medidas para a definição de estratégias que as políticas públicas do Estado deveriam adotar em sede de envelhecimento. Para além disso, a UMP tem levado a cabo várias conferências, de norte a sul do país, para debater este tema.
Com um país cada vez mais envelhecido e com as demências a ganharem terreno, a conversa durante o programa ‘Ajudar quem ajuda’ tocou diversas vezes na questão do envelhecimento, mas também foram abordadas questões como a infância e juventude, o apoio que se presta às famílias, a saúde mental, a sustentabilidade das instituições e a pandemia provocada pela doença de Covid-19.
Durante a entrevista, Manuel Caldas de Almeida destacou ainda que a UMP dispõe de uma série de serviços especializados (apoio jurídico, ação social, farmacêuticos etc) para apoiar as Misericórdias.
O ‘Ajudar quem ajuda’ tem como objetivo dar visibilidade a quem se dedica a ajudar os outros e para isso conta, semanalmente, com a participação de um responsável por uma instituição de solidariedade social para dar a conhecer o que cada IPSS faz no terreno.
Veja o programa ‘Ajudar quem ajuda’ aqui.