Lembrando que “o tempo em que se conferiram direitos sociais e se desenvolveram políticas públicas com o objetivo de proteger os mais fracos é muito posterior à existência das Misericórdias”, Silva Peneda disse que o primeiro cuidado “tem a ver com o relacionamento entre os dirigentes das Santas Casas e os serviços públicos”.
Segundo afirmou, “tem havido algumas dificuldades que resultam da noção por parte dos dirigentes das Santas Casas que, estando a ultrapassar os limites das suas forças para conseguirem dar respostas aos problemas que lhes batem à porta, apodera-se deles um sentimento de incompreensão e de injustiça pela forma como, nessas circunstâncias, são abordados por alguns serviços públicos”.
O segundo cuidado relaciona-se com a necessidade, sentida pelas Misericórdias especialmente no que respeita aos idosos, de haver uma maior coordenação entre os serviços da área da saúde e da segurança social.
Por último, continuou Silva Peneda, o impacto do aumento do salário mínimo nas Misericórdias. “Esta questão tem de ser resolvida muito rapidamente, sob pena de ser criada uma situação que poderá conduzir a um impasse em que se misturam sentimentos de injustiça e de impossibilidade”.
Para terminar, o presidente da Mesa da Assembleia Geral da UMP disse “interpretar” a presença do governo, representado por Ana Mendes Godinho, “como a afirmação da disponibilidade do governo em continuar a aprofundar o espírito de compromisso em torno dos variados e novos desafios que se colocam no domínio das políticas sociais”.