Depois de anunciar os membros eleitos, a presidente da mesa da assembleia geral, Maria do Céu Ramos, congratulou a nova direção e reconheceu o simbolismo do momento enquanto “prova de vitalidade” da confederação ao “serviço da economia social e da sociedade portuguesa”. “Desejo que este nosso mandato seja uma oportunidade para ultrapassarmos as vicissitudes do primeiro mandato, por força da pandemia, e que possamos consolidar e alargar a nossa esfera de ação. Mas, sobretudo, que possamos servir a comunidade e dar um sinal de compromisso das instituições que representamos”.
Após tomar posse, Manuel de Lemos agradeceu o empenho e dedicação dos órgãos cessantes, num contexto marcado pela pandemia, e o voto de confiança na equipa que encabeça nos próximos quatro anos. Dando continuidade ao trabalho iniciado pelos seus antecessores, aquando da fundação e primeiros anos de vida da CPES, definiu como objetivos para o mandato que agora inicia a afirmação da economia social na sociedade portuguesa.
“Não somos o terceiro setor, somos parte integrante da sociedade, da economia, do direito, da vida das pessoas e das comunidades. Somos economia social e é aí que temos de afirmar a nossa liderança, presença e contribuição para uma sociedade mais livre, justa e coesa. Esse é o nosso grande objetivo”, clarificou perante os representantes das restantes famílias.
Para a concretização dos objetivos a que se propõe, apelou à mobilização de todos os que integram a Confederação Portuguesa de Economia Social. “A participação de todos é importante para que nos sintamos parte desta confederação. O caminho faz-se caminhando e é para isso que vos convoco a todos, certo de que ninguém faz nada sozinho, só uma equipa”.
No balanço do mandato que agora termina, o presidente cessante, Manuel dos Santos Gomes (CONFAGRI), começou por destacar os constrangimentos que limitaram o plano de ação da CPES nos primeiros quatro anos de atividade, como a pandemia e mudança governativa. Apesar das dificuldades sentidas, congratulou-se pelos primeiros passos da confederação criada em 2017, sublinhando os esforços encetados para estabelecer a futura sede da confederação – espaço na antiga Mitra –, os contactos junto de vários órgãos a nível nacional e a assinatura do acordo assinado para a formação profissional e qualificação da economia social, com a participação de todos os membros do Conselho Nacional para a Economia Social.
A nova direção da CPES é constituída por Maria do Céu Ramos (Centro Português de Fundações), Pedro Bleck da Silva (APM-REDEMUT), Luís Cristina de Barros (União das Mutualidades), na assembleia geral; Manuel de Lemos (UMP), Aldina Batista Fernandes (CONFAGRI), Eleutério Alves (CNIS), Julieta Almeida Vasconcelos (CONFECOOP), Marco Sousa Domingues (ANIMAR), na direção; e Maria Clementina Henriques (Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto), Fernando Centeno Amaro (APM-REDEMUT) e José dos Santos Almeida (União das Mutualidades), no conselho fiscal.
A CPES tem como objetivos a promoção e a defesa das organizações da economia social, representando o setor a nível nacional e internacional, e posiciona-se como um parceiro social na concertação, na definição das políticas públicas e nas orientações estratégicas destinadas à economia social.
Voz das Misericórdias, Ana Cargaleiro de Freitas