Na celebração dos acordos, o presidente da UMP, Manuel de Lemos, frisou a “importância dos trabalhadores nas nossas organizações” e agradeceu a presença do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, representado pelo secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, pelo “enorme simbolismo que representa”.
Para o governante, a formalização destes acordos é um momento “histórico” porque resulta de “um esforço coletivo de melhorar as condições de vida dos nossos concidadãos e isso traduz-se obviamente numa revalorização salarial que, se já era imperiosa antes, ainda mais sentido faz agora, com os números mais recentes da inflação”. Agradecendo o convite para testemunhar este ato solene, o secretário de Estado valorizou a criação de plataformas de entendimento assentes no diálogo, em particular “num setor que representa tanto e tanta gente”, e frisou a importância de estender este “acordo rapidamente às Misericórdias”.
Segundo Miguel Raimundo, vogal do Secretariado Nacional da UMP responsável pelas negociações laborais, este acordo com as federações sindicais representa o “culminar” de um “longo e difícil processo negocial”, realizado “sempre em defesa das Misericórdias”, mas abrange nesta fase apenas os trabalhadores da União. No futuro, o jurista e provedor da Misericórdia de Estremoz adiantou que poderá “eventualmente ser objeto de extensão a todas as Misericórdias”.
Em representação da Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comércio e Serviços, Cláudia Pereira congratulou-se pelo acordo que permite valorizar “os trabalhadores que fazem parte de um setor muito importante no nosso país e merecem salários dignos”.
Por sua vez, Elisabete Gonçalves, dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, reconheceu a necessidade de dar “continuidade a este processo de uma forma mais dinâmica porque, na realidade, estes trabalhadores desempenham funções sociais do Estado e funções que são muito importantes”.
Os acordos foram celebrados a 31 de janeiro, na sede da UMP, em Lisboa, com a presença de responsáveis da UMP envolvidos neste processo negocial.