“Em meu nome e em nome de todos os membros da Conferência Episcopal Portuguesa manifesto todo o grande apreço por todo o bem promovido pelas Santas Casas de Misericórdia e pela União das Misericórdias Portuguesas”, começou por dizer D. José Traquina.
Lembrando que “não há nada de mais justo e mais santo do que cuidar da pessoa humana, seja ela quem for”, o prelado destacou que os tempos vão ser “economicamente preocupantes” para as Santas Casas e outras instituições de solidariedade social.
“Desejo e espero que impere o bom senso, a justiça e o princípio de bem comum, entendido como o bem de todas as pessoas e das instituições onde elas se reveem, com as quais se identificam e com as quais se sentem mais seguras. É desejável, portanto, que os respetivos ministérios do governo acompanhem a preocupação instalada nas instituições sociais”, referiu.
De acordo com o presidente da Pastoral Social, as instituições sociais não ferem os seus princípios se ajudarem a cultivar na sociedade o princípio e o dever da solidariedade. “Muitos, porque pagam impostos, consideram que isso lhes basta. Porém, uma sociedade solidária e em desenvolvimento pede mais do que isto. Requer que nos interessemos todos pelo bem comum, superando a cultura, que tende a acentuar-se, do individualismo e da indiferença”. Neste sentido, continuou, “farão bem as Santas Casas se promoverem maior dinamismo na edificação de uma sociedade mais solidária, acolhedora e generosa”.
Expressando votos de “saúde, inspiração e melhores êxitos para a missão do novo mandato”, D. José Traquina terminou afirmando que “a recompensa de quem promove o bem é a alegria do bem que promove”, embora possa haver quem “confunda a missão de serviço à comunidade com lugares de puro poder sobre os outros”.