A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) e a Fundação Batalha de Aljubarrota assinaram, no dia 1 de julho, um protocolo para valorização histórica da Batalha de Montes Claros, que decorreu no terreno hoje conhecido como Herdade da Fuseira e do Álamo, propriedade da UMP onde funciona o Centro Luís da Silva, em Borba.
A Batalha de Montes Claros, lê-se no acordo de parceria, foi travada a 17 de junho de 1665 e “constituiu a batalha decisiva da Guerra da Restauração, que permitiu, três anos depois, em 1668, que Portugal e Espanha assinassem um tratado de paz”. Por isso e após um período de negociação, UMP e Fundação Batalha de Aljubarrota (FBA) assinaram um protocolo que marca o arranque de um trabalho conjunto com vista à valorização “deste lugar histórico, único e insubstituível”.
Para o efeito, está prevista a colocação de painéis explicativos (um à entrada e os restantes na propriedade da UMP) sobre esta batalha. Junto ao padrão da batalha, cujo terreno é da FBA, está previsto um arranjo paisagístico “que permita o estacionamento de automóveis, bem como a possibilidade das pessoas poderem admirar a paisagem desta campo de batalha”.
No âmbito da valorização histórica da Batalha de Montes Claros, está ainda prevista a possibilidade de um evento anual, com visitas guiadas e recriação da batalha e cujas receitas reverterão integralmente para a União. Prevê-se ainda “colaboração gratuita do Exército Português e da GNR”.
Com validade de 100 anos, o protocolo refere ainda a possibilidade de ser atribuída a classificação de monumento nacional à Herdade da Fuseira e do Álamo, o que poderá provocar “maior interesse no local por parte do público”. O procedimento em causa teve início, com publicação em Diário da República, no dia 2 de setembro de 2020.
O protocolo prevê ainda que a atividade desenvolvida pela UMP naquela propriedade (Centro Luís da Silva, agricultura e pecuária) não pode ser colocada em causa no âmbito das ações de valorização histórica colocadas em curso.
Voz das Misericórdias, Bethania Pagin