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- Presidente da República | Colaboração permanente para combater os desafios de uma sociedade envelhecida
"A natalidade não conseguiu equilibrar essa balança desequilibrada no sentido do envelhecimento, a emigração, que é necessária, não conseguiu alterar essa tendência e numa sociedade envelhecida, em que há mais pessoas idosas do que crianças e jovens, é preciso acompanhar o envelhecimento que é diferente do que era há 5, 10 ou 20 anos” e “exige políticas de resposta”.
“Por isso, agradeço à União das Misericórdias Portuguesas ter refletido sobre o que é preciso mudar nas políticas para o envelhecimento" e também “o que é preciso mudar nas Misericórdias por causa desse diferente envelhecimento”, referiu numa alusão ao estudo “Respostas seniores do futuro: um modelo de respostas especializadas integradas”, tornado público na semana passada.
Este desafio não poderá, defendeu Marcelo Rebelo de Sousa, ser travado apenas pelo Estado, local ou central, mas "para que o setor social possa responder aos desafios que se colocam é preciso ter meios". Meios que só se conseguem com “a colaboração permanente” de todos os poderes e setores.
“O Estado não consegue substituir o vosso papel, é uma realidade. Aquilo que faz esta Misericórdia (referindo-se à Santa Casa de Arcos de Valdevez), o que fazem as Misericórdias, as Instituições Particulares de Solidariedade Social, o Estado não conseguiria fazer, mesmo que tivesse todo o dinheiro do mundo, mesmo que tivesse estruturas em todos os pontos do território", asseverou.
Esta mensagem, continuou, “nem é ideológica, nem doutrinária. É o que é. Com qualquer Governo, com qualquer Presidente, com qualquer Parlamento não é possível prescindir, substituir, fazer de conta que o vosso papel não é fundamental".
“Não é possível ter justiça social, coesão social, territorial, ou seja, maior igualdade entre os portugueses, apoiando-os na saúde, como na solidariedade social, como na educação, formação, qualificação, sem o setor social", referiu.
Por isso, Marcelo Rebelo de Sousa elogiou o trabalho que as Misericórdias têm desenvolvido ao longo de mais de 500 anos de atividade. Um apoio prestado aos mais necessitados e carenciados, desde a infância até aos idosos, que o Estado não consegue substituir.
As declarações foram feitas no âmbito da visita a Misericórdia de Arcos de Valdevez, a maior Misericórdia do Alto Minho, que este ano completa 426 anos. A visita contou ainda com o presidente da UMP, do presidente da autarquia e de diversos provedores do distrito de Viana do Castelo.
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Créditos Fotografia: Rui Ochoa/Presidência da República