Uma abordagem diferente ao envelhecimento, atenta à interação entre respostas sociais e saúde, também será alvo do trabalho a desenvolver nos próximos tempos. Eleições e tomada de posse tiveram lugar no dia 5 de dezembro no Centro João Paulo II, em Fátima, onde também decorreu uma homenagem surpresa ao presidente honorário da UMP, Vítor Melícias.
Segundo Manuel de Lemos, que começa dentro de dias o seu quarto mandato à frente da União, “nos dias que correm é fácil e é bom regozijarmo-nos com o sucesso alcançado por cada uma das Misericórdias, mas também é seguro que, se houver um problema numa determinada Misericórdia, esse problema atinge-nos e mancha-nos a todos”.
Por isso, o presidente reeleito considera que “em nome da defesa de todos, teremos cada vez mais que avançar para auditorias desenvolvidas a partir da União, que permitam corrigir erros, melhorar ratios e atalhar excessos”.
Do ponto de vista das respostas à comunidade, Manuel de Lemos afirmou que as Misericórdias e a sua União deverão ter um papel fundamental no que respeita ao desenvolvimento de um conjunto articulado de propostas e soluções sobre o “novo envelhecimento”.
Lembrando que os “atuais idosos foram apanhados de surpresa, ignorando que iam viver tanto tempo” e que a própria sociedade não teve tempo para se preparar e organizar respostas, o presidente da UMP referiu que será determinante uma abordagem diferente e integradora do fenómeno do envelhecimento, atenta à crescente interação entre as respostas sociais e a saúde. O tema será destaque no próximo congresso nacional das Misericórdias que decorrerá em junho de 2016, no Fundão.
O dia também foi de despedidas. Maria de Belém Roseira passou o testemunho da presidência da mesa da assembleia geral da UMP a José Silva Peneda, para quem uma cooperação mais intensa com o Estado é determinante para “o benefício de todos”. O provedor de Santiago do Cacém, Jorge Nunes, também encerrou o ciclo nos órgãos centrais da UMP como tesoureiro.
A tomada de posse contou com a presença de diversas personalidades, entre elas o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José Vieira da Silva, a secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim, e o bispo auxiliar de Lisboa, D. José Traquina, em representação da Conferência Episcopal Portuguesa.
Poucos minutos antes da tomada de posse, o presidente honorário da UMP foi surpreendido ao descerrar uma escultura em sua homenagem e que agora figura ao lado do busto do primeiro presidente da UMP, Virgílio Lopes.