Em entrevista emitida a 17 de março, no programa ECCLESIA (RTP2), Manuel de Lemos frisou que “a resposta das Misericórdias só podia ser ajudar, dar pousada a estes peregrinos dos tempos modernos e acolhê-los”.
Esta operação de emergência foi colocada em marcha no dia 24 de fevereiro, com um levantamento da disponibilidade das Misericórdias, ao nível de alojamento temporário de emergência e postos de trabalho, em estreita articulação com o Governo e a sociedade civil, tendo sido apurada até ao momento a capacidade para acolher pelo menos 481 pessoas.
A incerteza quanto à evolução da situação na Ucrânia determina, contudo, que as instituições se preparem para dois possíveis cenários: uma “resposta temporária, até poderem regressar à sua terra natal; e outra, para os que não querem voltar porque a tragédia foi tão grande”.
Estão neste momento a caminho de Portugal (Lisboa) cerca de 350 cidadãos ucranianos, transportados em cinco autocarros e 25 carrinhas, no âmbito da “Missão Ucrânia”, uma iniciativa de empresários e particulares, que se juntaram a organizações como a UMP, Cruz Vermelha, Ordem dos Médicos e diversos organismos do Estado. As famílias serão acolhidas em habitações, apartamentos e centros de acolhimento das Misericórdias de todo o país.