Manuel de Lemos, José Rabaça e Fernando Cardoso Ferreira, do Secretariado Nacional da UMP, foram anfitriões do encontro que deu a conhecer a origem, estrutura organizacional e linhas de serviço da União em áreas como a ação social, saúde, assuntos jurídicos, auditorias, património, formação profissional, atividades turísticas, entre outros.
“Estes departamentos têm por única função apoiar o funcionamento das Misericórdias. A União existe para vos servir”, resumiu o presidente da UMP, Manuel de Lemos, depois de congratular os homens e mulheres que assumiram funções em 16 Misericórdias.
Nesta sua missão de coordenar, representar e aconselhar as instituições, a União visa essencialmente contribuir para a sustentabilidade e qualidade dos serviços prestados pelas Santas Casas e também promover a reflexão sobre boas práticas e novas áreas de intervenção. Uma missão que, segundo o presidente do Secretariado Nacional, é assumida com a garantia de que a “autonomia e decisão final cabe sempre a cada mesa administrativa”.
No ano em que as Misericórdias cumprem o 520º aniversário da sua fundação, Manuel de Lemos lembrou que a sustentabilidade é uma das prioridades na gestão das instituições e que a União está atenta às necessidades de financiamento das suas associadas, facilitando o acesso a fundos do Banco Europeu de Investimentos (BEI), banca comercial, etc.
Para fazer face à escassez de fundos públicos e dificuldades de tesouraria das instituições, a UMP sugere o acesso a linhas de financiamento como o Projeto de Qualificação das Comunidades Amigas das Pessoas Idosas (PQCAPI) e o Instrumento Financeiro de Reabilitação e Revitalização Urbanas (IFRRU), assim como a apresentação de candidaturas ao Fundo Rainha Dona Leonor e ao Acordo Senhora do Manto, estes últimos em parceria com a Santa Casa de Lisboa. “Devemos fazer misericórdia com a nossa atividade e não com a gestão”, rematou Manuel de Lemos.
Focada na otimização de recursos e melhoria na eficácia da gestão, a UMP disponibiliza ainda uma nova linha de serviço dedicada às auditorias que inclui áreas como a gestão, formação, comunicação ou património. “Queremos dar um instrumento de gestão à mesa administrativa. Encontramos muitas Misericórdias com situações financeiras complicadas”, referiu o tesoureiro José Rabaça.
A criação de um código de conduta dirigido às instituições, na sequência da última reunião de Conselho Nacional em Pedrogão Grande, foi outro dos temas abordados na sessão. “Quem não deve não teme”, justificou Manuel de Lemos a propósito desta iniciativa que está a set desenvolvida por um grupo de provedores e pelo presidente honorário da UMP, Vítor Melícias.
Num registo informal, a sessão proporcionou o diálogo entre os dirigentes da UMP e a nova geração de provedores, que manifestou especial interesse nas linhas de financiamento apresentadas.
Voz das Misericórdias, Ana Cargaleiro de Freitas