Durante a audição na Assembleia da República (AR), Manuel de Lemos fez um balanço da operacionalização da medida de gratuitidade das creches e referiu que se verificaram “dificuldades no terreno para responder às necessidades das famílias e para implementar as respostas no terreno, perante a avalanche de crianças que apareceram”.
Mostrando-se disponível para cooperar com o Estado no acolhimento destas crianças, dentro do “limite da sustentabilidade”, alertou, contudo, para a necessidade de assegurar a continuidade no pré-escolar, não abrangido pelo regime de gratuitidade. “Tem de haver medida clara e rápida porque há muitos pré-escolares a fechar e estas coisas estão intimamente ligadas”.
Questionado ainda sobre a carência de recursos humanos nas creches, o presidente da UMP considerou tratar-se de “um problema gravíssimo generalizado no setor social” e transversal a outras respostas sociais.
No âmbito do Orçamento de Estado para 2024, o governo prevê alargar a medida da gratuitidade das creches a todas as crianças com idade até aos três anos, num total de 120 mil crianças.
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