Produzido no âmbito do projeto de Capacitação da UMP, o programa tem dado outra projeção ao trabalho feito em prol dos outros.

A caminho da 9ª emissão, o programa “A Vida dos Outros” tem dado a conhecer boas práticas e histórias exemplares no universo das Misericórdias. Por isso, provedores de Norte a Sul do País elogiam o programa e defendem a sua continuidade.

“O projeto foi muito válido e atual porque possibilita divulgar o que de bom as Misericórdias estão a fazer em prol das populações e sendo conduzido pela União das Misericórdias Portuguesas, tem outra projeção que não teria se fosse conduzido por cada instituição”, afirma o provedor da Santa Casa de Vila Verde, Bento Morais.

Já o provedor da Misericórdia de Bragança, Eleutério Alves, considera que “numa era em que o digital faz parte do dia-a-dia de cada um, a imagem e o vídeo têm uma enorme importância na divulgação de uma mensagem. Por isso, estas reportagens ganharam um assinalável interesse por parte do público-alvo”. “É, por isso, uma excelente forma de partilhar as boas práticas das Misericórdias, que têm um papel essencial na ação social do País”, reitera.

Nas palavras do provedor da Santa Casa de Mértola, a intenção do programa é “extremamente interessante e muito válida”. “Toda essa divulgação é, também, fundamental para termos algum feedback sobre aquilo que fazemos”, acrescenta José Alberto Rosa.

O provedor da Santa Casa de Faro, Candeias Neto, sublinha que esta iniciativa da UMP “é de louvar, serve para motivar os funcionários e também para a sensibilização da comunidade. Os técnicos e os utentes gostaram do programa, mas agora devia ser alargado a outras respostas sociais, porque desta vez ficou restrito à unidade de cuidados continuados”, sugere.

A estreia do programa “A Vida dos Outros” aconteceu a 1 de junho de 2017, tendo envolvido já mais de meia centena de instituições. “É crucial que o programa continue porque as Santas Casas vão evoluindo na sua maneira de trabalhar, vão criando coisas novas e é preciso mostrar às pessoas o trabalho que é feito nas comunidades”, defende o provedor da Santa Casa do Montijo, José Braço Forte.

 Financiada pelo Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (POISE), ‘A Vida dos Outros’ é uma iniciativa do projeto de Capacitação da UMP, cujo principal objetivo passa por promover a partilha de boas práticas. O Centro de Apoio à Vida da Misericórdia do Montijo foi destacado num dos episódios, o que “deu alguma visibilidade à valência”. “Houve uma grande surpresa no Montijo, porque as pessoas não sabiam que fazíamos aquele trabalho e não teve impacto só na nossa comunidade, mas também na zona do Barreiro e de Almada, onde já começámos a ser mais solicitados”, conta o provedor.

No caso da Misericórdia de Bragança, as câmaras voltaram-se para a obra espiritual “Corrigir os que erram”, registando as atividades desenvolvidas ao abrigo do protocolo de cooperação com o Estabelecimento Prisional de Bragança. “A participação neste episódio só veio dar mais relevância e divulgação a este projeto considerado pioneiro a nível nacional. Foi uma excelente forma de partilhar este exemplo de entreajuda, porque o importante é dar uma nova oportunidade de integração aos que erraram, para que possam ser novamente aceites na comunidade”, justifica Eleutério Alves.

A produção do programa “A Vida dos Outros” não seria possível sem a participação dos corpos dirigentes, funcionários e utentes. Daí que o trabalho realizado pela UMP cumpra o papel de motivar as equipas. “Este projeto foi, desde o início, muito acarinhado e valorizado pelos colaboradores da instituição. A divulgação das diversas atividades que se desenvolvem na Misericórdia de Bragança, para além da autoestima que cria em cada um, aumenta a motivação para uma maior participação”, lembra o provedor.

Quase a chegar às três mil visualizações no canal do YouTube, o programa “A Vida dos Outros” tem sido divulgado, também, nos websites, newsletter e redes sociais dos seus protagonistas. “O vídeo foi notícia nos jornais regionais, na newsletter e vai ser-nos muito útil e valioso para mostrarmos algo do muito que nós fazemos ao público quando tivermos eventos no nosso auditório”, refere o provedor da Santa Casa de Vila Verde. 

Para o provedor José Alberto Rosa, o vídeo produzido sobre a ludoteca da Santa Casa de Mértola “ficou-se pela divulgação a nível interno”. “O que eu senti é que o projeto teve pouca divulgação e que se ficou por um acesso muito restrito, sobretudo por pessoas ligadas às Misericórdias.” Por isso, o provedor de Mértola defende que “faria todo o sentido” se o programa tivesse outro alcance, nomeadamente “tempo de antena nas televisões nacionais”. “Faria todo o sentido que a RTP2 fosse utilizada para divulgar as atividades do terceiro setor, pelo peso que têm na economia nacional”, sugere.

Voz das Misericórdias, Patrícia Posse