A largada que teve lugar no passado dia 12 de janeiro, na Herdade da Fuseira e do Álamo, em Borba, é segundo o provedor da Misericórdia do Vimieiro, “uma jornada a que chamamos de caça, mas que de caça tem muito pouco, é um convívio”.
Presente na largada desde o primeiro encontro, Aurelino Ramalho, provedor da Misericórdia do Vimieiro e administrador do Centro de Apoio a Deficientes Luís da Silva, equipamento da UMP, considera que o encontro cinegético é “sobretudo um momento de convívio entre homens e mulheres das Misericórdias, que serve para confraternizarmos fora do contexto das Santas Casas. É um dia em que conseguimos esquecer aquilo que durante a semana nos preocupa, que é ajudar os mais necessitados”.
Quem corrobora esta opinião é Natália Gaspar, responsável pela Turicórdia, linha de serviço da UMP dedicada ao turismo social. “É das poucas oportunidades que temos de as pessoas que fazem parte das Misericórdias conviverem mais, sem pensar nos problemas das instituições. O encontro acaba por ser um momento de lazer, onde podem discutir de forma informal alguns problemas que são comuns a todos”.
Com organização da Turicórdia e das Misericórdias de Alcácer do Sal, Grândola, Palmela e Vimieiro, o encontro contou este ano, à semelhança de anos anteriores, com 60 caçadores. Segundo Natália Gaspar este número é fixo, pois, dadas as dimensões da zona de caça, apenas têm “15 portas duplas disponíveis”, sendo a caçada feita em dois turnos. Este ano foram largadas 300 perdizes, 200 patos e 100 faisões, num total de 600 peças.
No final da largada, caçadores, acompanhantes e convidados juntaram-se à mesa para partilhar um almoço composto por iguarias que cada participante levou da sua região. É por esta altura também que se distribuem as peças caçadas, o que é feito, segundo a organização “de forma igualitária”, não interessando quem caçou mais ou menos.
A largada anual da UMP realiza-se desde 2010 e, ano após ano, junta Misericórdias de norte a sul do país.
Segundo Aurelino Ramalho este ano a largada ficou marcada pela presença de “muito mais gente nova”. Segundo o provedor, esta é a prova que contraria a opinião de muitos que consideram “que as Misericórdias são um clube de velhos”. “As Misericórdias são cada vez mais uma atração para os mais novos”, remata.
Voz das Misericórdias, Sara Pires Alves