A missiva, enviada no dia 26 de julho, teve como destinatários os presidentes do Parlamento Europeu, Martin Schulz, da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, e ainda os deputados portugueses no Parlamento Europeu, o comissário europeu Carlos Moedas, o primeiro-ministro português, António Costa, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, e a secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim.
Naquele documento, as três entidades representativas do setor social solidário consideram ser injusta a aplicação de qualquer sanção a Portugal por défice excessivo. “A diminuição, limitação ou suspensão dos programas criados no âmbito da União Europeia, ou a aplicação de sanções de outra natureza ao nosso País, mesmo que de carácter simbólico, para os cerca de 650.000 utentes, 250.000 trabalhadores e 44.000 dirigentes voluntários do setor solidário, seria vista como uma manifesta injustiça e uma falta de reconhecimento do esforço que tantos fizeram para ajudar a vencer a crise em que Portugal se encontrava”, lê-se.
A carta refere também que “ao longo do período de ajustamento no âmbito do Memorando de Entendimento com as Instituições Europeias”, o setor solidário foi “um poderoso amortecedor dos efeitos socialmente mais gravosos no seio das pessoas, famílias e grupos mais vulneráveis, o que permitiu que esse processo de ajustamento fosse concluído sem perturbações significativas e em condições de manifesta paz social”.