Portugal tem um novo cardeal. D. Manuel Clemente recebeu o barrete cardinalício no dia 14 de fevereiro na Basílica de São Pedro, em Roma.
Durante a cerimónia no Vaticano, o Papa Francisco celebrou uma missa com os novos cardeais e defendeu que a Igreja Católica tem de estar junto dos marginalizados. “Verdadeiramente é no evangelho dos marginalizados que se joga, se descobre e revela a nossa credibilidade”, referiu.
Segundo a Agência Ecclesia, o Papa realçou ainda que a caridade “contagia, apaixona, arrisca e envolve”, sublinhando que “o contacto é a verdadeira linguagem comunicativa”.
“Queridos novos cardeais, esta é a lógica de Jesus, este é o caminho da Igreja: não só acolher e integrar, com coragem evangélica, aqueles que batem à nossa porta, mas ir à procura, sem preconceitos nem medo, dos afastados revelando-lhes gratuitamente aquilo que gratuitamente recebemos”, apelou.
Cerca de 300 portugueses estiveram no Vaticano para acompanhar D. Manuel Clemente naquele consistório público. A comitiva foi liderada pelo vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, e contou também com as presenças do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, e do secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier. O presidente da UMP, Manuel de Lemos, também acompanhou as cerimónias do consistório.
Seis bispos portugueses também acompanharam as cerimónias: D. António Francisco dos Santos (Porto), D. Manuel Linda (Ordinariato Castrense), D. Manuel Felício (Guarda) e os três auxiliares do Patriarcado de Lisboa - D. Nuno Brás, D. Joaquim Mendes e D. José Traquina.
O Papa cumprimentou as delegações no final da celebração. “Saúdo-vos a todos, romanos e peregrinos, em particular aos que vieram por ocasião do consistório para acompanhar os novos cardeais, e agradeço aos países que quiseram estar presentes neste evento com delegações oficiais”.
A primeira missa celebrada por D. Manuel Clemente enquanto cardeal teve lugar a 16 de fevereiro, na Igreja de Santo António dos portugueses em Roma. Ainda segundo a Agência Ecclesia, o cardeal-patriarca referiu que “as pessoas precisam sobretudo de presença. Há coisas que não sabemos muito bem como vamos resolver, temos de as resolver. Basicamente, estando presentes, estarmos realmente ali, junto das pessoas, da sua vida, das suas dificuldades”.
Saiba mais sobre o consistório 2015 através da Agência Ecclesia.