​Dois mil sobreiros foram plantados por voluntários numa herdade em Mora, no distrito de Évora, numa iniciativa conjunta da Corticeira Amorim, associação ambientalista Quercus e da Santa Casa local.

​A ação decorreu dia 12 de Novembro, na Herdade da Barroca, na freguesia de Pavia e propriedade da Misericórdia de Mora, e enquadrou-se no Programa Escolha Natural, da Corticeira Amorim, e no Projeto Floresta Comum, da Quercus.

A plantação dos sobreiros, cedidos pela associação ambientalista, envolveu cerca de 80 voluntários da empresa, cujas ações de reflorestações já permitiram plantar em Portugal um total de 15.500 árvores autóctones, sobretudo sobreiros.

Nesse dia, a Misericórdia recebeu novos irmãos e inaugurou, na Horta do Lameirão, em Mora, novas residências exclusivas, com alojamento temporário ou permanente, para a população idosa da região.

“Hoje foi um dia importante: alargámos muito a nossa irmandade e isto teve duas áreas importantes. Por um lado, houve o aspeto da renovação permanente que é importante ter nestas casas mas, também, para zonas como esta (Mora) encontrámos uma forma diferente de virem novos irmãos”, disse Manuel Caldas de Almeida, provedor da instituição.

E, precisamente no sentido de alargar as suas respostas sociais, foi inaugurado nesse dia um novo lar, com um conceito inovador, e com a capacidade para albergar 26 utentes. Estas ‘residências exclusivas’ pretendem "promover o bem-estar em todas as suas vertentes (bio, psíquico e social)" e "assegurar a autonomia e integração social" dos utentes.

“Este lar possui, no rés-do-chão, os espaços comuns - sala de estar e de refeições - mas, depois, em vez de estar organizado em quartos, possui pequenos apartamentos, permitindo um outro nível de bem-estar. As pessoas continuam a ter a ideia de que estão em casa, no seu núcleo e eu considero que isso é cada vez mais importante”, afirmou Caldas de Almeida.

Para além do apoio direto à população do concelho, a Misericórdia de Mora tem feito ainda uma aposta relevante no domínio da cultura: transformou um antigo barracão agrícola num núcleo museológico agro-florestal, uma obra que reforça a oferta turística da região ao mesmo tempo que salvaguarda as memórias da população.

 

Reportagem disponível na íntegra na edição de novembro do “Voz das Misericórdias”.